quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Por que os adolescentes querem sair de casa?


 





Bem, com uma pitada de exagero, a gente poderia dizer que alguma coisa vai mal mesmo é quando o adolescente não quer sair de casa! Alguns pais resistem ao desejo natural que os adolescentes têm de sair de casa porque se sentem ameaçados, com medo de perder a função paterna. Vêem esse desejo normal que os filhos têm, de levar uma vida independente, como sendo uma rejeição do seu papel. Isso se complica, por exemplo, no caso de uma viúva, que tenha um filho único, que pretende se casar... A tentação que essa mãe vai ter de sabotar o noivado do filho para ficar com ele e ter companhia vai ser muito grande! Mas isso não é nada menos do que egoísmo, porque na verdade todos nós deveríamos estar criando os filhos para a autonomia.


Enquanto existem pais que não autorizam a individuação dos filhos, existem também filhos que não querem sair de casa. Talvez até você conheça alguém que ficou adulto, mas tem dificuldades para procurar emprego, casar e viver a própria vida. É evidente que isso não reflete o curso normal da vida. No outro extremo estão aqueles filhos que saem de casa de forma prematura, traumática e/ou violenta, e isso também pode ser indício de sofrimento ou desequilíbrio no sistema familiar.


Os psicólogos definem esse processo da saída de casa como sendo o processo de individuação. Mas para que ele ocorra de forma apropriada e sem traumas, precisa ser precedido por outro: o do pertencimento. O problema é que quando esse “pertencimento” não existiu, a “individuação” ou não vai acontecer, ou vai ser muito complicada. E se o tal pertencimento é assim tão importante, como é que ele ocorre?


Bem, a criança compreende o mundo e a si mesma por meio da família. A sua auto-imagem está muito vinculada à imagem coletiva que ela tem da família. Ela percebe, nem sempre de forma consciente, que é um membro do grupo, constituído pelo pai, mãe e irmãos, primos, tios e avós, e que todos gostam e cuidam dela. Os outros adultos a identificam como sendo a filha da dona fulana e do seu fulano, e a criança se enxerga assim mesmo. Quando perguntam quem ela é, a resposta é sempre: “Sou filha(o) do seu fulano.” Sua identidade está ligada à figura do pai e da mãe, enfim, da família. Ela “pertence” a alguém ou a um grupo. É essa percepção do pertencimento que vai ser muito importante para fortalecer o jovem no processo seguinte, que é o de individuação.


Mas quando a criança não recebe atenção dos pais, ou sente de alguma maneira que não é amada, vai haver algum prejuízo nesse primeiro processo, o do pertencimento. Os pais podem até amar, do jeito deles, mas se a criança não percebe esse amor como sendo incondicional, fica em dúvida quanto a se “pertence” completamente ou não. É lógico que esse processo raramente é consciente. A conseqüência disso é que quando você não está “dentro” de casa, não pode sair. Quando, por algum motivo, um jovem não sentiu que “pertenceu” à família de forma incondicional, pode ir ficando em casa buscando esse pertencimento, enquanto o tempo passa, à volta da saia da mãe, sempre procurando esse degrau que faltou na escada do seu desenvolvimento emocional. Às vezes até se casa, mas pode acabar se separando e voltando para casa, porque procura por uma coisa muito importante, que deveria ter acontecido na infância, mas que talvez, por algum motivo, faltou – o sentido de pertencimento! Volta, ou fica em casa, porque ninguém pode deixar de pertencer sem ter pertencido primeiro. Ninguém pode sair de algo em que nunca entrou! Então, para sair de casa de modo saudável, o jovem precisa primeiro ter estado nela, emocionalmente falando, ou seja, ser amado(a) de forma incondicional.


Mas quando o jovem não recebeu da família essa segurança de que pertence ao grupo, de que é amado, aceito, de que os outros membros da família se preocupam com ele, pode então procurar outro grupo do qual consiga obter a sensação de pertencer. Isso ocorre porque como seres gregários que somos, todos precisamos desesperadamente desse sentido coletivo do pertencimento. Essa necessidade pode (e deve) muito bem ser suprida pela igreja, desbravadores ou pelo pequeno grupo, por exemplo, e muitas vezes é isso o que acontece. Por outro lado, muitos buscam suprir essa necessidade unindo-se a uma tribo de skinheads, de roqueiros, um bando de marginais ou de usuários de drogas.


É para evitar que isso ocorra que os pais precisam prover para os filhos, desde o nascimento, essa segurança de que pertencem incondicionalmente à família, assim com Deus faz conosco. “Nunca te deixarei; nunca, jamais te abandonarei”, Ele diz. “Tu és Meu, Eu te remi”, Ele afirma. Isso vai ser muito importante também para o desenvolvimento de sua auto-estima. Nessa fase, são muito importantes as palavras de afirmação e as atividades coletivas como os passeios em família, visitas à casa de outros parentes (o coletivo maior), o culto familiar, os cultos de pôr-do-sol (para receber e se despedir do sábado) em família, os aniversários, a ida da família à igreja e outras celebrações que envolvem as tradições da família. É muito importante também a presença de pelo menos um dos pais em casa quando os filhos estão lá, a supervisão dos deveres escolares, a supervisão das amizades, o cuidado durante as enfermidades, etc., porque tudo isso produz na criança a percepção de que é valorizada, de que ela é importante para o grupo familiar. Os pais também devem prover condições para que o adolescente possa pertencer a outros grupos não familiares, como os da igreja, citados anteriormente. Então ele sente que pertence!


Mas mesmo recebendo todo esse apoio e segurança da família, o adolescente ainda vai passar por transformações profundas tanto em seu corpo quanto na sua maneira de pensar e de perceber a realidade. Isso acontece principalmente por causa do grande aporte de hormônios que seu corpo recebe nessa fase. Essas transformações é que darão início a um novo processo do seu desenvolvimento, chamado de individuação. É nessa outra fase que o adolescente percebe que não é apenas um membro da família, mas um indivíduo, um ser humano distinto, diferente do coletivo ao qual já pertence. E como que para provar que não é mais apenas o filho do “seu fulano” e da “dona fulana”, é que ele começa a discordar e a questionar as regras, crenças e costumes da família. É o processo da individuação. São os primeiros sinais de que ele está começando a se “descolar” da família.


Mas isso não deve apavorar os pais, porque é um processo normal, esperado. Ou você pensava em criar um E.T. que ficasse para o resto da vida na casa da mamãe? O que conforta é saber que quando o adolescente é respeitado e amado pelos pais de forma incondicional, ele questiona, discorda, mas geralmente, logo depois, em uma fase seguinte, volta a escolher praticamente quase todos os valores dos pais. Por isso, em lugar de discutir e discordar frontalmente com os filhos adolescentes, os pais precisam aprender a dialogar, a expor idéias e a negociar. É por isso que as regras formuladas para uma criança precisam ser bem mais rígidas, para que mesmo que haja algum afrouxamento dessas regras na adolescência (e precisa haver), o adolescente ainda fique protegido por limites razoáveis. Quando a criança já tem muita autonomia, os pais quase não tem mais o que negociar depois, na adolescência. Já cederam tudo que podiam, e se não cedem ainda mais, o adolescente fica achando que os pais não dão liberdade alguma.


A adolescência deve ser principalmente a fase do diálogo e da negociação. Os princípios não podem jamais ser negociados, mas algumas regras da casa e da família precisam sofrer alterações ou adaptações. Mas quando a família é rígida demais, isto é, não disposta a modificar algumas dessas regras (sem sacrificar princípios, evidentemente), algo pode não sair bem. Se o adolescente for saudável ou normal, pode provocar rompimentos mais ou menos graves, em busca de maior autonomia. Se, por outro lado, é muito submisso e “bonzinho”, pode adoecer (até fisicamente – somatização) e sofrer distúrbios emocionais durante a sua vida adulta.


Apesar disso, os pais precisam estar conscientes de que o adolescente não está preparado ainda para uma liberdade total, porque sua capacidade de avaliar e de julgar ainda não está completamente desenvolvida. Então, se ele tiver liberdade muito depressa, e se tiver toda a liberdade de uma só vez, provavelmente não será capaz de enfrentar perigos reais como o uso de drogas, a promiscuidade sexual ou mesmo o sexo antes do casamento, com as suas conseqüências potencialmente danosas para o futuro. É como soltar em uma avenida muito movimentada um cachorrinho que esteve preso no quintal por anos. É morte quase na certa!


Por isso, quando a família está envolvida nesse processo difícil de liberar o adolescente para a individuação, não deve esquecer de que esse processo de liberação precisa ser gradual e mais ou menos lento. O adolescente sempre vai requerer mais liberdade do que pode realmente ter, e os pais quase sempre precisam ceder um pouco mais do que estariam dispostos a princípio. E se cada um quiser só ganhar sempre, todos perdem, e fica estabelecido o clima de conflito.


O conflito ocorre geralmente quando o adolescente tenta expandir os seus limites, procura a autonomia, e os pais procuram manter esses limites. Algumas vezes, mesmo sob protestos do adolescente, os limites ainda vão ter que ser mantidos para o seu próprio bem e segurança. Esses limites podem estar relacionados com o horário de chegada para as saídas noturnas, bem como com o tipo de música ou filmes que serão assistidos em casa, ou o tipo de comida a ser utilizada em casa.


Mas mesmo nesses casos, os pais devem lembrar que os limites devem ser sempre muito mais negociados do que impostos. É lógico que em momentos extremos, talvez seja necessária alguma imposição (nunca utilizando ameaça de punição física). Mas quando os pais já partem "de cara" para a truculência, a violência e a imposição, sem passar pela negociação, e nem explicam os "porquês", isso tende a criar um ressentimento muito grande no adolescente que está começando a ver a si próprio como uma pessoa, com idéias, sentimentos e pensamentos diferentes dos dos pais. Ele sempre vai querer saber o porquê.


E é justamente nessa fase que o adolescente/jovem vai procurar - e talvez encontrar - a pessoa com quem deve passar o resto da vida, e então, o processo de individuação se completa. E esse momento já estava previsto não só nos seus genes, mas até nos planos de Deus: “Deixará o homem pai e mãe, se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne.” Gên. 2:24. É nessa hora que os pais devem se alegrar porque completaram o trabalho. Bons pais não são aqueles que criaram filhos “bebezões” autômatos, dependentes doentios, que não sabem fazer nada sozinhos, que ainda precisam dos pais mesmo quando são grandes. Bons pais são aqueles que, pela educação que deram, incentivaram a autonomia, e, de maneira altruísta, fizeram a si mesmos cada vez mais desnecessários para os filhos. E é justamente por isso que esses filhos não conseguem mais se esquecer deles! E acabam voltando... Pelo menos de vez em quando.

dica para vocês adolescentes

 A dica para os adolescentes que já devem por em prática é se divertir e fazer novas amizades todos os dias. Ter uma vida sadia e feliz. Alguns adolescentesque gostam de arranjar confusão logo notarão que isso não é uma boa idéia, pois quando entrarem na vida adulta, pode precisar da ajuda de um ex-amigo que você o desrespeitou. Essas são algumas dicas para os adolescentes se saírem bem nessa fase.



Desenvolvimento da Adolescente.

A adolescência é uma etapa do desenvolvimento humano caracterizado por alterações físicas, psíquicas e sociais. Sendo uma das mais ricas e plenas das variantes e condicionantes etapas da vida pelas quais passa o ser humano antes de atingir a fase adulta. Durante essa fase ocorrem alterações dinâmicas, envolvendo tanto o crescimento biológico como o emocional; e também é o ponto final das transformações físicas, sexuais, intelectuais, emocionais e sociais que preparam os adolescentes para a vida adulta.

COMO CONVIVER COM OS ADOLESCENTES


“Conviver com adolescentes pode resultar em uma experiência estimulante e alegre, cheia de novas idéias e de esperanças. Assim que... aprendamos a desfrutar desta experiência.”
 

Sobreviver nem sempre é fácil, sobretudo quando se tem um adolescente em casa. Mas as famílias necessitam mais que a mera convivência. Necessitam também alegria, comunicação e amizade. E não há razão alguma para que não tenham estas coisas.a

O que é ser adolescente

Muitas coisas acontecem na passagem da infância para a adolescência, onde é repleta detransformações, conflitos, dúvidas edescobertas. Para os pais de adolescentes que estavam acostumados com aquelas atitudes, podem estranhar um pouco, agora que seu filho entrou na fase mais difícil, embora a mais gostosa da vida.

Mas o que é ser adolescente? Ser adolescente é poder errar, errar e errar. Isso ocorre, pois nessa fase várias descobertas são feitas. Na vida amorosa, por exemplo, como é de costume, um garoto se apaixona pela patricinha da escola e sempre leva um fora pra cara. Certo dia ele a conquista e por um azar do destino, aparece um outro garoto supostamente mais interessante que você e pronto. Vai tudo por água abaixo. Apesar de tudo isso é normal, acontece com quase todo mundo.

Quais são as vantagens e desvantagens de ser adolescente ? E como o adolescente é visto pela sociedade ?

 Nao existe desvantagens em ser adolescente...a nao ser a idade pra tomar certas decisoes.As vantagens sao muitas,primeiro curtir a idade e o melhor de existe,depois ser jovem e algo lindo.A sociedade muitas vezes sao cruel e hipocrita com os jovens,esquecem que um dia foi adolescente e que curtiu sua epoca...Tambem acho que muitos tem inveja dos adolescentes.Olha se voce e um adolescente,curti muito o unico e ter responsabilidade e saber respeitar os demais.

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